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Pais: filhos devem ser criados para o mundo, aceite!


Eu costumo dizer que fazer filho é muito bom, é muito fácil. É a parte mais fácil da história. Depois que o óvulo é fecundado e segue para o endométrio, fica ali por meses protegido pela bolsa amniótico, recebendo nutrição através do cordão umbilical e recebendo carinho dos pais. Depois que nasce, tudo se complica. Às vezes, a mãe fica com ciúmes porque tem que dividir o bebê com outras pessoas (principalmente mães de primeira viagem). E o bebê cresce e vai mostrando a sua personalidade e dependendo da ação dos pais, isso pode acarretar algumas dificuldades e problemas.

Em primeiro lugar, não existe um manual de instruções que mostre o passo a passo de como educar uma criança. Em segundo, mesmo que os filhos sejam criados pela mesma pessoa, eles são totalmente diferentes um dos outros. Eu sou mãe de três: Pedro, atualm

ente com 15 anos. Sossegadão, bem de boa com a vida, pacificador; Cláudio, com 13 anos. Quietão, não gosta de se misturar muito, fala o que pensa, com ele tudo é 8 ou 80; João, com 9 anos. Com ele não tem tempo ruim, tira sarro de tudo e todos, só gosta de ficar na rua. Filhos do mesmo pai e mãe e com personalidades muito diferentes! Sendo assim, não tem como tratar todos da mesma forma, com cada um eu e o meu marido temos modos diferentes de conversar e disciplinar.

Desde pequenos eu repito um mantra para mim mesmo: eles não estão sendo criados para mim. Não foi fácil a primeira vez que deixei irem sozinhos até à padaria da esquina. Muito menos quando foram para lugares mais longe. Mas eu sempre lembrava de mim na mesma idade em que estão, como eu queria ter aquela liberdade, aquele voto de confiança. Eu não tive liberdade naquela época e quando tive, foi porque eu cabulei uma aula ou outra na escola, pra sentir o gostinho de saber o que é ir no cinema, no shopping ou em uma pizzaria.

E eles vão crescendo e vão tendo que aprender a lidar com as frustrações. Porque tem muita coisa que acontece na vida que não está sob nosso controle: aquela amizade falsa, aquele não que queria que fosse sim, um assalto, uma agressão... a vida é cheia de imprevistos e desafios. Há uma grande diferença entre cuidar e superproteger. Tem muitos pais que superprotegem tanto os filhos, achando que estão ajudando mas na verdade estão criando filhos dependentes, inseguros e infelizes.

Se os pais dão de tudo para os filhos, fazem todas as suas vontades, eles nunca lutaram para conquistar algo. Já estão condicionados para ter tudo em mãos. Quando adultos, ao chegarem ao mercado de trabalho, não saberão como lidar com os desafios de um emprego, às exigências de um chefe e como será o futuro deles? Vão pedir demissão porque não se acham aptos ou ficarão deprimidos?

Pais, a frustração não é algo negativo ou errado. Ela faz parte da vida. É ela que vai preparar o seu filho emocionalmente a lidar com os desafios que terá para sempre. Não super proteja, não diminua a reclamação de um professor “ah, meu filho não faz isso”, não dê tudo o que ele quer. Educar é um longo processo. Um processo que pode até trazer dores por um momento. Mas trará muitas bênçãos por toda a vida!

Caso tenha alguma dúvida sobre o tema abordado hoje ou queira sugerir o próximo, entre em contato!

profjacbagis@hotmail.com – whatsapp 44-99835-1357

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