top of page

Relação entre autoestima e aprendizagem


Quando converso com meu pai ou com pessoas da mesma faixa etária dele, ouço relatos de como era a relação entre pais e filhos, professores e alunos. Uma época na qual os filhos e alunos eram duramente castigados. Relatos de castigos, como ficar ajoelhado sobre grãos de milho ou feijão, usar chapéu de “burro”, sessões de palmatória e por aí vai. Se apanhasse da professora na escola e reclamasse ou comentasse em casa, apanhava novamente.

Quando eu frequentava a escola na época do primário/ginásio/colegial (vai fazendo as contas que você chega na minha idade kkkkkk), os professores não castigavam mais os alunos dessa forma. No máximo era mandado para ficar em pé perto da porta ou ia para a diretoria. Se o aluno fosse mal nos trabalhos e provas, de duas, uma: ou era burro ou era preguiçoso. Eu e muitos dos meus colegas apanhavamos dos pais quando aprontávamos.

Quando passei a cursar Pedagogia, aprendi que muitas coisas influenciam a aprendizagem dos alunos. O que antigamente era considerado burrice, hoje é investigado para descobrir qual distúrbio que o afeta. Em alguns casos, não é um caso de distúrbio e sim, problemas com a autoestima. Em sala de aula, os professores quando veem o aluno vivenciando um ou mais sintomas da ocorrência da baixa autoestima, passa a trabalhar mais diretamente com ele, para ajuda-lo a superar as dificuldades. Porém, se torna imprescindível o mesmo trabalho dos pais em casa. Independente se você já foi alertado ou não pelos professores sobre o assunto, vale a pena observar se o seu filho tem apresentado alguns desses sintomas:

  • Dificuldade na aprendizagem;

  • Desinteresse para ir à aula;

  • Baixo rendimento escolar;

  • Cansaço;

  • Dificuldade em conviver com outras pessoas;

  • Complexo de inferioridade;

  • Tristeza;

  • Sentimento de culpa;

  • Agressividade;

  • Introspecção.

Geralmente esses sintomas são mais perceptíveis na fase da adolescência, nas quais os hormônios estão em “ebulição” e a cabeça já pensa diferente, o corpo está se modificando, e eles passam a ter muitos pensamentos negativos, principalmente sobre a autoimagem; durante uma conversa ou uma atualização nas redes sociais, é possível perceber que ele se desvaloriza, não se respeita e alimenta um ódio por si mesmo.

Para ajudar o seu filho a superar, o primeiro requisito – e o mais importante – é a afetividade. Criar um vínculo de amor, respeito e diálogo. Quando um dos meus filhos está passando por uma fase ruim, costumo sair para comer um lanche e conversar sobre o que o está preocupando e até falo o que eu fiz ou passei quando tive um problema parecido ou tinha a mesma idade dele. Converso como amiga porque é uma maneira que faz com que se sintam mais a vontade e não pressionados a dizer algo. Muitas vezes, nossos filhos só querem desabafar e esperam que tentamos compreendê-los. Essas conversas que tenho tido com eles, tem ajudado e muito a estreitar cada vez mais os laços de amizade entre nós.

Tenha uma palavra de confiança e ânimo: não adianta só dizer “não pense isso, não faça aquilo”. Muitas vezes, temos que pegar na mão do nosso filho, olhar nos olhos e dizer:

“Você vai conseguir! Você é capaz!”

“Conte comigo, estou do seu lado para o que der e vier!”

Valorize seu filho: elogie sempre que ele acertar, engrandeça-o pelas suas conquistas. Quando recebemos um elogio, sentimo-nos mais motivados a seguir em frente!

É necessário conversar com seu filho, lembra-lo que essa é uma fase que vai passar e é necessária para o autoconhecimento. Quando a criança/adolescente está numa atmosfera de afeto e cuidados, sendo encorajada e valorizada, ela se relacionará melhor consigo mesma e com outras pessoas, desempenhará suas funções de uma maneira mais confiante e aprenderá com mais facilidade.

Caso tenha alguma dúvida sobre o tema abordado hoje ou queira sugerir o próximo, entre em contato!

profjacbagis@hotmail.com – whatsapp 44-99835-1357

Por Trás do Blog
Leitura Recomendada
Procurar por Tags
Nenhum tag.
Siga "Zoom Pelo Mundo"
  • Facebook Basic Black
  • Twitter Basic Black
  • Google+ Basic Black
bottom of page