Meu filho(a) está sofrendo bullying na escola, como proceder?
No último dia 24, passou na minha timeline, o vídeo de desabafo de uma mãe lá de Itaquaquecetuba/SP, cidade onde cresci e casei, diga-se de passagem. Inclusive compartilhei o desabafo dela na minha página e se você quiser conferir, esse é o link. https://www.facebook.com/ProfessoraBagis/posts/814383025410977
Claramente o filho dessa mulher sofria bullying na escola, pois estava sendo perseguido por diversos colegas, além de sofrer agressões físicas. Na minha opinião, a mãe demorou muito tempo para ir até à escola e buscar uma solução junto à equipe pedagógica.
Em primeiro lugar, as crianças e adolescentes que sofrem algum tipo de bullying, manifestam alguns sintomas:
Perdem o prazer de ir à escola: se o seu filho começa a criar desculpas para não ir, diz que está com dores ou chora toda vez que chega o momento de ir para o estabelecimento de ensino. Alguns alunos chegam a pedir para mudarem de escola;
Rendimento na escola piora: as notas do aluno começa a baixar e ele tem dificuldade em aprender conteúdos novos. Chega a deixar de fazer lição para casa, trabalhos, evita de mostrar a agenda;
Envolve-se em brigas: as notícias de briga na escola e na rua passam a ser comum. Alguns alunos chegam a pedir para os pais para os matricularem em escolas de artes marciais ou lutas;
Mudanças no comportamento: de falante passa a ser calado e introspectivo, alguns chegam a mudar o estilo como se vestem.
O que fazer caso meu filho manifesta um desses sintomas?
Em primeiro lugar, diálogo. Converse com seu filho e procure compreender a situação que está vivendo. Leve-o a refletir sobre o que fez ou o que tem que o levou a essa situação. Já tive um aluno que sofria bullying na escola porque tinha um distúrbio. Infelizmente, os pais não quiseram buscar ajuda especializada para auxiliá-lo.
Marque um horário na escola para conversar com a professora e a orientadora. Relate o que está acontecendo e peça para que o caso seja apurado. Uma vez que o seu filho está na escola, é responsabilidade do estabelecimento de ensino cuidar e zelar por ele. Peça para que tudo o que for relatado nessa conversa, seja lavrado em ata e exija uma solução junto à equipe pedagógica. Caso a escola não tome providencias (conversar com os alunos envolvidos e respectivos pais), leve o caso para o Núcleo Regional de Educação.
A alguns anos, meu filho mais velho sofreu bullying porque tirava as notas mais altas da turma. Um grupo de alunos passou a persegui-lo e exigir que ele fizesse os trabalhos escolares e passasse cola durante as provas. Ele se negou a fazer isso e apanhou. Apanhou tanto que a sola do tênis dele soltou do calçado. O que a escola fez? Grudou a sola do tênis com fita adesiva e o mandou para casa. No mesmo dia fui até lá e conversei com o diretor e a pedagoga. Eles prometeram resolver a situação, porém meu filho continuou sendo perseguido até apanhar novamente. Então fui mais uma vez lá e exigi a presença dos responsáveis e dos próprios alunos na escola para uma reunião. Durante toda a reunião, tanto os responsáveis quanto os próprios alunos trataram com desdém tudo o que estava sendo conversado lá. Sabe quando a pessoa não está nem aí? Eu disse que não ia deixar meu filho ficar sofrendo com bullying e assim que eu saísse da escola, iria até a delegacia fazer um Boletim de Ocorrência e em seguida iria até o Conselho Tutelar. Aí sim, eles ficaram desesperados. Pediram desculpas e prometeram que sequer olhariam para meu filho. E realmente nunca mais precisei ir até lá, deixaram meu filho em paz. Muitas vezes é preciso ter atitude enérgica.
Crie um vincule de amizade com seu filho, estabeleça vários momentos de diálogo com ele para saber como está, o que pensa, o que precisa. Uma vez em perigo, ele vai procura-lo porque sabe que estará sempre aberto a ouvi-lo e ajuda-lo nas dificuldades!
Caso tenha alguma dúvida sobre o tema abordado hoje ou queira sugerir o próximo, entre em contato!
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