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Dia Mundial Da Amamentação (Amamentação além de sua função nutricional)

  • Julio Pequeno Psicólogo
  • 1 de ago. de 2017
  • 5 min de leitura

O leite materno deve ser o único alimento que crianças até 06 meses devem receber, ele supri as necessidades de nutrição, hidratação além da prevenção de doenças e fortalece a imunidade do bebe.

Só pós o sexto mês é que se deve iniciar a introdução de outros alimentos na rotina do bebe, sendo sempre recomendado que produtos industrializados, como refrigerante e chocolates sejam oferecidos a criança a partir de 2 anos.

A mãe neste período sofre com os palpiteiros de plantão, que tentam determinar seu habito de amamentar, sugerindo que seu leite é pouco ou fraco, dizendo que não deve prolongar a amamentação e até oferecendo alimentos à criança sem antes pedir permissão à mãe.

Lembre-se, você é a mãe e responsável pela alimentação de seu bebe, você não é obrigada a seguir orientações só para agradar os outros, qualquer duvida sobre o processo de amamentação e introdução de alimentos sólidos devem ser esclarecidos com um médico ou profissional qualificado.

A amamentação além de um ato de alimentar é um ato emocional, que permite o vinculo emocional da mãe com o bebe, e também com o pai, quando a criança utiliza mamadeira.

Abaixo relato de uma mãe sobre a realidade do ato de amamentar: “Minha experiência com a amamentação foi de lágrimas e muita persistência! Começou ainda antes da minha filha nascer, quando ouvi dizer que precisava "preparar o bico" e que para isso tinha que esfregar esponja vegetal nos mamilos. Eu fiz, mas ao sair do banho pensei que nada poderia ser pior: parecia que eu tinha esfregado os seios no asfalto num dia de sol de 42 graus. Pensei: Até parece que aquela cena linda do bebê mamando e a mãe sorrindo numa troca de afeto seja tão terrível quanto isso. Primeiras horas de vida da minha pequena e a ansiedade gritava para dar a primeira mamada. Sensação? Estranha! Muito estranha! Uma mistura de dorzinha suave com alegria e preocupação: será que está certo? A enfermeira disse que sim, então vamos continuar. Eu ouvia: "que linda, a "pega" dela está perfeita mãezinha, logo seu leite vai descer". Mal sabia o que vinha pela frente e o que significava a tal pega e como eu me sentiria com a tal descida do leite, que jorrava dos meus peitos, fedia e me fazia sentir uma verdadeira vaca leiteira. Ainda no segundo dia, vi um bico roxo e percebi que o que eu sentia era mesmo DOR. Chegamos em casa e a situação ficava cada vez pior, em poucos dias eu me preparava para ir para a forca enquanto minha filha abria a boca para mamar e cada gota de leite me arrancava litros de lágrimas e alguns ml de sangue. Conheci então as rachaduras e passava o dia entre pomadas, chá de camomila (sim, o sachê no peito), o próprio leite e mil outras coisas que diziam que ajudaria. Pensei diversas vezes em desistir, especialmente quando percebi que minhas unhas estavam cravadas na almofada de amamentação e que mordia um paninho a cada mamada para silenciar minha dor. Lembrei da esponja vegetal no mamilo e pensei: "não sabia de nada mesmo". O que me fazia seguir em frente? Pensar na importância daquele leite para nutrir, proteger e criar um vínculo com a minha filha. Sentia que independente da minha dor naquele momento, lá na frente valeria a pena. E assim segui por cerca de 3 meses: lágrimas, sangue e persistência. Foi então que entendi a importância de tantas campanhas sobre o aleitamento, talvez se eu não soubesse os benefícios do leite materno, teria desistido na primeira rachadura. Algumas pessoas me diziam: "dá logo uma mamadeira pra ela, você não precisa sofrer tanto, ela vai ficar bem". Outras me diziam: "Vai passar e vai valer a pena!" Outras: "Posso te ajudar de alguma forma?" O apoio da família foi fundamental para que eu ganhasse forças para continuar, eu pude ver no olhar da minha mãe, minha irmã e minha cunhada empatia e o desejo de ver minha dor cessar sem que eu desistisse. Em meio ao caos do puerpério, eu só tinha uma certeza: "Eu vou amamentar a minha filha até meu leite secar!" No meio desse processo, tentei oferecer meu leite de várias formas: copinho, translactação, seringa, mamadeira e no desespero tentei até na colher. Passei pela fase de precisar complementar com fórmula, porque ela sentia muita fome e eu só conseguia pensar: "Porque o meu leite não é suficiente para minha filha?" Mas mesmo assim, deixei claro para mim mesma que seria apenas uma fase e em breve me livraria da fórmula e das mamadeiras (que ela nunca gostou por sinal). Eu sabia que precisava ficar bem emocionalmente para liberar oxitocina (sem precisar de medicações) e tudo fluir. Questão de tempo, o puerpério passa, pensava todos os dias. É assim foi. Passou! Passou o sofrimento dos primeiros 40 dias, passaram as rachaduras, as lágrimas e enfim passou a fase de complemento com leite artificial. Dali para frente, as lágrimas que caíram foram de felicidade, de orgulho e superação. Eu pude enfim olhar serenamente para minha filha mamando, pude sentir o amor que nos une, o tal momento mágico e único. Vencemos! Eu e ela. Porque ela também poderia ter desistido quando percebeu que a mamadeira era mais fácil (ouvi muito que ela ia largar o peito por isso), mas ela estava em sintonia com meu maior desejo, ela queria ser amamentada, da mesma forma que eu queria amamentar. Nessa semana do aleitamento materno, minha filha completa 1 ano de vida e juntas completamos 1 ano da nossa primeira vitória. ❤ Ah, não poderia deixar de falar que ela ficou resfriada apenas 1 vez no inverno e se curou em 3 dias com o antibiótico natural de tetê. Amamentar é minha maior alegria.” (Daniele Calheiros, 28 anos, Psicóloga)

Agora um relato sobre a amamentação prolongada: “Estamos chegando aos 2 anos de amamentação e posso afirmar que para nós, a amamentação prolongada tem sido de grande valia, tanto em relação a nutrição, quanto emocional. Ver meu filho em pleno desenvolvimento, super saudável e aprendendo a lidar com as frustrações diárias me mostram que fiz a escolha certa. Além de toda a força que ele me transmite quando o amamento. Costumo falar que é uma via de mão dupla, pois nutrimos um ao outro” (Luciana Andreoli, 31 anos, Assistente Administrativo).

Amamentar no início pode não ser tão bonito quanto vemos nas campanhas, mas buscando ajuda com pessoas qualificadas esse processo pode ser bem proveitoso, como disse a Luciana, é um ato que transmite força e nutri a ambos.

Que neste dia da amamentação podemos ter mais mães como a Daniele que apesar de toda dor e sofrimento seguiu em frente e como a Luciana que mesmo chegando aos 2 anos ainda quer continuar amamentando.

Talvez você esteja se perguntando, mas Julio com 2 anos não tem mais nutrientes no leite, a criança usa o peito como chupeta. Eu te digo não julgue as mães, não é uma tarefa fácil e enquanto tem leite ela tem todo o direito a amamentar, pois possui sim nutrientes.

A amamentação ainda envolve muitos outros assuntos e temas inclusive a doação de leite materno segue o link de um site que fala com mais detalhes sobre a amamentação que possui além de dicas orientações http://www.aleitamento.com/

Sou Julio Pequeno, tenho 31 anos, Psicológo Formado pela UNIP em 2014, faço Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental no CETT.

Atendo na Rua Voluntários da Pátria, 2525 conjunto 5 – Bairro Santana São Paulo SP.

Email jcdop@msn.com whatsapp (11) 99667-9791

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